Guilherme Caran, um dos ícones do humor brasileiro, faleceu aos 58 anos em 7 de julho de 2016, após uma longa batalha contra a síndrome de Machado Joseph. O ator, que encantou o público com personagens memoráveis em programas como “TV Pirata” e novelas da Globo, viveu seus últimos anos em isolamento, lutando contra os efeitos devastadores da doença hereditária.
Nascido no Rio de Janeiro em 8 de outubro de 1957, Guilherme abandonou a faculdade de arquitetura para se dedicar à arte. Sua trajetória começou nos anos 70, no teatro, e rapidamente se destacou na televisão, com papéis que misturavam humor e crítica social. No entanto, em abril de 2005, sua vida tomou um rumo trágico após um assalto em que o motorista de táxi foi assassinado. Este evento traumático desencadeou os primeiros sintomas da síndrome, que afetou sua coordenação e equilíbrio.
Nos últimos anos, Caran enfrentou não apenas a dor física, mas também a depressão, afastando-se de amigos e do público que tanto o admirava. Durante sua internação de quase dois anos, ele perdeu a capacidade de falar, comunicando-se apenas com os olhos. Sua morte foi um choque para fãs e colegas, que lembram dele como um artista vibrante e talentoso.
O enterro, realizado no Cemitério São João Batista, contou com a presença de familiares e amigos, incluindo grandes nomes da televisão brasileira, que prestaram suas últimas homenagens. Guilherme Caran deixa um legado inestimável na comédia e na dramaturgia nacional, e sua história é um lembrete da fragilidade da vida diante das adversidades.