Flávio Dino, ministro da Justiça, reagiu com veemência nesta 𝑠e𝑥ta-feira às ameaças contidas em uma nota da Embaixada dos Estados Unidos, que visavam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma declaração contundente, Dino afirmou que a soberania nacional é um princípio fundamental da diplomacia e que não cabe a uma embaixada monitorar as decisões de magistrados brasileiros. “Não é função de embaixada avisar ou monitorar o que um magistrado deve fazer”, declarou em suas redes sociais.
A nota da embaixada, divulgada na quinta-feira, gerou uma onda de indignação e repercussões políticas. O documento continha ameaças diretas, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, acusado por aliados de ser o “principal arquiteto da censura” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. O Itamaraty convocou o encarregado de negócios da embaixada, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos sobre a nota, que foi considerada uma agressão à soberania brasileira.
Parlamentares da base governista, como Ivan Valente e Tarcísio Mota, também se manifestaram, classificando as ameaças como inaceitáveis e exigindo uma postura firme do Congresso em defesa do Brasil. “Não podemos permitir que chantagens externas ditem o que fazemos em nosso país”, afirmou Mota, ressaltando a importância de manter a soberania nacional.
A situação se agrava em um contexto de crescente tensão política, com o governo federal enfrentando desafios internos e externos. A reação a essa intervenção dos EUA reflete um sentimento de resistência entre os políticos brasileiros, que se uniram em defesa da autonomia do país. A mensagem é clara: o Brasil não se submeterá a pressões externas. A luta pela soberania e pela democracia continua.