Homicídio de Pedro Seixas: Tribunal confirma 18 anos de prisão para agressor ilegal são-tomense

Novas revelações sobre o homicídio de Pedro Seixas, conhecido como “Pi”, foram divulgadas este domingo, 28 de setembro de 2025, pelo Correio da Manhã. O barman de 46 anos, irmão do guitarrista da banda de apoio do Sporting, foi brutalmente assassinado a 30 de março de 2024, na Portela de Sacavém, Loures, com quatro facadas desferidas por Eliezer Cravid, um cidadão são-tomense de 21 anos em situação ilegal em Portugal.

Homicida indiciado por três crimes graves está na prisão fechado 22 horas por dia e sem visitas - Portugal - Correio da Manhã

Pedro regressava a casa de autocarro da Carris, após uma noite de trabalho no Hotel Mundial, quando o agressor o seguiu, notando-o a mexer na carteira. Ao descer na paragem, perto de casa, Cravid ameaçou-o com uma faca de 32 centímetros e exigiu os bens. Diante da recusa da vítima, o jovem desferiu os golpes fatais e fugiu com a carteira roubada.

Eliezer Cravid, que entrara em Portugal em 2021 para estudar num colégio, foi expulso por atos de agressividade e permaneceu ilegalmente no país. O seu histórico criminal é extenso: condenado em janeiro de 2023 por tráfico de estupefacientes (18 meses de prisão suspensa); em maio de 2024 por roubo em fevereiro de 2023 (3 anos e 9 meses suspensos, condicionados a tratamento de alcoolismo, que não cumpriu); e em junho de 2024 por outro roubo em fevereiro desse ano (18 meses suspensos). Após o crime, fugiu para França, mas regressou e foi detido pela Polícia Judiciária.

Detido suspeito de matar à facada irmão de guitarrista dos Supporting em  Loures - Portugal - Correio da Manhã

Em julgamento, Cravid foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio qualificado, roubo qualificado e posse de arma proibida, com expulsão do território nacional após cumprir a pena. O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou agora a sentença, alterando apenas a qualificação do roubo para furto qualificado, mantendo a pena. O caso, que chocou a comunidade local, sublinha os desafios da imigração ilegal e da reincidência criminal, com o homicida a cumprir prisão preventiva em regime rigoroso na cadeia de Lisboa, confinado 22 horas por dia e sem visitas.