**PRISÃO DE BOLSONARO REAGLUTINOU A DIREITA?**
A prisão de Jair Bolsonaro provocou uma onda de reações no cenário político brasileiro, mas a expectativa de uma aglutinação da direita parece não se concretizar. Durante uma análise na CNN, especialistas afirmaram que o encarceramento do ex-presidente poderia unir facções da extrema direita. No entanto, os acontecimentos no Congresso revelam uma realidade diferente: a fragmentação e o desespero tomaram conta.
O ambiente político está marcado por disputas internas, com figuras do centrão como Ciro Nogueira criticando abertamente aliados e tentando salvar suas próprias peles. Enquanto isso, o ex-ministro Gilberto Kassab se reuniu com Lula, sinalizando uma possível aliança que pode deixar a direita ainda mais isolada. A sensação é de que cada um busca sua própria “boia de salvação” em meio ao caos.
Os discursos extremistas, antes predominantes, agora parecem perder força. A base bolsonarista no Congresso está se reduzindo, e a retórica de anistia e proteção aos aliados se torna cada vez mais vazia. Os protagonistas da extrema direita, como Sostenes e Damares, estão se mostrando mais como “bandoleiros” desesperados do que líderes coesos.
Além disso, a fragilidade do atual presidente da Câmara, Hugo Motta, levanta preocupações sobre sua capacidade de lidar com essa crise. Sua falta de firmeza pode abrir espaço para que os extremistas tentem retomar o controle, mas a resistência parece crescer entre os que não se identificam com essa agenda.
Enquanto o cenário se desenrola, a pergunta que fica é: a prisão de Bolsonaro realmente fortaleceu a direita ou, ao contrário, acelerou sua desintegração? O futuro político do Brasil está incerto, mas uma coisa é clara: a luta pelo poder está mais acirrada do que nunca, e a direita pode estar mais frágil do que nunca.