Chernobyl, um dos locais mais infames da história nuclear, voltou a ser uma ameaça real após um ataque devastador. No dia 14 de fevereiro de 2025, um drone russo do tipo Kamikaze atingiu o New Safe Confinement, a estrutura que protege o reator 4, causando danos alarmantes. Um buraco de 6 metros foi aberto na cúpula, comprometendo a segurança da área e levantando sérias preocupações sobre um possível novo desastre nuclear.
O impacto não apenas danificou a barreira externa, mas também afetou o isolamento interno, resultando em incêndios e fumaça tóxica. Mais de 300 outros danos menores foram identificados, com furos de até 50 cm de diâmetro, permitindo a infiltração de água, um problema crítico em Chernobyl, onde a umidade pode desencadear reações químicas perigosas.
Embora a Agência Internacional de Energia Atômica tenha afirmado que, por enquanto, os níveis de radiação estão sob controle, a situação é extremamente precária. A estrutura, que deveria durar mais de 100 anos, agora está vulnerável, e qualquer novo ataque ou forte chuva pode agravar a situação. O incêndio resultante do ataque queimou por semanas, exigindo a ajuda de mais de 400 voluntários, que se expuseram à radiação enquanto tentavam conter as chamas.
Com reparos urgentes necessários, a Ucrânia enfrenta um dilema financeiro: o custo total para restaurar a segurança da estrutura é estimado em 1,5 bilhões de euros, enquanto apenas 25 milhões estão disponíveis. A ministra da Ucrânia alertou que a fragilidade do domo agora representa um ponto fraco crítico. Se um segundo ataque ocorrer, as consequências podem ser catastróficas, potencialmente levando a uma nova crise nuclear.
Chernobyl não é apenas um símbolo do passado; é um alerta constante. A ameaça de um desastre nuclear está mais próxima do que nunca, e o mundo precisa prestar atenção.